Outros verbetes da Otapédia

Carlos Zéfiro
Spektro
Mad Magazine/Revista Mad

Mad é uma tradicional revista de humor note-americana criada por Harvey Kurtzman em 1952 e publicada pela E.C.Comics, a lendária editora de William Gaines que fazia sucesso com revistas de terror como Tales From the Crypt que mais tarde foram proibidas. Mad, entretanto, tornou-se um sucesso, mesmo após a saída de Kurtzman da revista (ele foi substituído por Al Feldstein). Seu time de colaboradoes era formado, entre outros, por Don Martin, Sergio Aragonés, Mort Drucker e o genial Al Jaffee, criador da famosa Dobradinha Mad.
Alfred E. Neuman, o menino desdentado que aparece em todas as capas, é o símbolo da revista.

Embora quase todos os criadores originais da revista tenham morrido, ela vem sendo enriquecida com talentos modernos como Peter Kuper, que assumiu a famosa série Spy Vs. Spy, e nos últimos anos passou a ser toda colorida. Nos EUA, a revista já se aproxima do número 500.

No Brasil, Mad foi publicada por quatro editoras: Vecchi (103 edições, 1974-83), Record (158 edições, 1984-2000>, Mythos (46 edições, 2000-2006) e Panini (2008-?). Com exceção das últimas 10 edições da Vecchi, todas as revistas da edição normal das trés primeiras séries foram editadas por Ota, que esteve ligado à revista desde a primeiríssima edição e se tornou também uma das principais atrações da revista com seu Relatório Ota. Ota editou mais de 300 números da versão brasileira.

Nos anos 70 e 80 a revista foi um fenômeno de vendas, chegando a vender uma média de 150 mil exemplares mensais. A partir dos anos 90, acompanhando uma tendência que afetou todas as revistas em bancas, as vendas foram despencando, mas ainda assim a revista se manteve. Com a desistência da Record em 2000 (que fechou sua divisão de revistas), a Mythos adquiriu os direitos e iniciou uma terceira série, que começou em dezembro de 2000 e foi até dezembro de 2006. Nesse momento todos os títulos da DC comics (atual proprietária da revista) passaram a sair sob o selo da Panini e a Mythos perdeu o contrato. Entretanto, houve um hiato de um ano até a edição seguinte começar.

Em março de 2008, a revista volta com o selo da Panini, porém com menos páginas (40), mas totalmente colorida. Ota foi chamado a colaborar, mas dessa vez apenas editando a parte nacional. A parte estrangeira era produzida pela Mythos (braço editorial de todas as revistas da Panini) e ficou a cargo de Raphael Fernandes.

Os três primeiros números trazem o nome de Ota como editor no expediente, ao lado do outro editor. Divergências quanto ao conteúdo provocaram descontentamento em Ota, que pediu que seu nome fosse retirado do expediente a partir da edição 4, embora continuasse produzindo o conteúdo nacional. Mas a situação foi ficando mais tensa com a inclusão de matérias nacionais à revelia de Ota, o que provocou a sua saída definitiva após a edição 7.

O destino da revista é incerto. Embora a Mad continue sendo publicada, as baixas vendas devem provocar o seu cancelamento num futuro próximo. O mundo mudou nesse meio tempo, e outras diversões baratas como RPG, videogames e a própria Internet desviaram a atenção do público-alvo (adolescentes) e as vendas estão estacionadas na casa dos 5 mil exemplares.